domingo, 8 de novembro de 2009

A chegada do Barroco ao Brasil

O barroco chegou ao Brasil durante o século XVIII, e era associada com a religião católica.Haviam duas linhas diferentes que caracterizavam o estilo barroco no Brasil, que eram o das regiões mais ricas, que tinha açúcar e mineração, nessas regiões as obras barrocas eram mais ricas, eram feitos de madeiras, recobertos por finas camadas de ouro. Já nas regiõesque não havia açúcar e nem ouro, as talhas eram modestas e os trabalhos eram feitos por artistas menos famosos e experientes.
No Brasil, o barroco ganhou impulso entre 1720 e 1750, momento em que várias academias literárias foram fundadas por todo o país.
A obra Prosopopéia de Bento Teixeira, marca o início do barroco no Brasil.

Os escritores que mais se destacaram foram:

Na poesia:

- Gregório de Matos
- Bento Teixeira
- Botelho de Oliveira
- Frei Itaparica

Na prosa:

- Pe. Antônio Vieira
- Sebastião da Rocha Pita
- Nuno Marques Pereira.

O Barroco em Salvador

Na época em que Salvador era rica economicamente e era a capital do Brasil ela foi ganhando obras barrocas, não só Salvador, mais como também todo o Nordeste. Dessa forma podemos encontrar várias igrejas riquíssimas.

Em Salvador temos por exemplo: a Igreja e o convento de São Francisco de Assis:



e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, ambas são revestidas com muito ouro:



A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que também apresenta o estilo barroco:


Além das igrejas temos as construções, como: A sede do governo colonial em Salvador e O Engenho Freguezia, no Recôncavo Baiano.

O Barroco em João Pessoa


Em João Pessoa encontra-se o Convento Franciscano de São Antônio, esse conjunto é formado pelo convento, a igreja e a capela da Ordem Terceira, o teto da capela é muito atrativa pelo seu exagero dos efeitos de ilusão de óptica que cria; O convento de Santo Antônio é uma das obras franciscanas barrocas mais importantes do Brasil colonial, essa tambem se localisa em João Pessoa.

o Barroco em São Paulo

O barroco demorou de chegar em São Paulo, e o povo paulista não colaborou financeiramente para as construçoes, com isso, as ordens religiosas de São Paulo, só pode fazer modestas igrejas barrocas.
Atualmente são poucas as construções barrocas encontradas na cidade paulistana, temos hoje: O conjunto formado pela igreja e o convento de Nossa Senhora da Luz;


A igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência; O convento de São Francisco:

O Barroco Mineiro

Sob o patrocínio das irmandades ocorreu uma transformação nos conceitos artísticos da Colônia, que sofriam a influência do estilo barroco europeu. Em um momento em que o estilo neoclássico começava a dominar Lisboa, o barroco era novidade para aquela região.

Aos poucos, vencendo algumas limitações técnicas e materiais, delineava-se, na arquitetura, por exemplo, a fisionomia de uma autêntica arte local conhecida como Barroco Mineiro. Este estilo utilizou, com grande vantagem, materiais típicos, como o cedro e a pedra-sabão (uma variedade macia da esteatita), adaptando-os às necessidades das obras.

As primeiras capelas, erguidas nos arraiais auríferos, seguiu-se a edificação de templos com magníficos altares, tetos pintados e imagens adornadas com ouro e pedras preciosas.



Surgiram além das igrejas, edifícios públicos e inúmeras moradias. As inovações artísticas pareciam acompanhar a vida econômica e financeira de uma região ilusoriamente próspera.

Nessa sociedade onde, em função da exploração das minas, crescia o número de escravos negros, a mestiçagem ocorria freqüentemente. Nos anos 70 do século XVIII era esmagadora a presença de mulatos e negros na capitania das Minas. Dados da época davam conta de que, dos cerca de 320 mil habitantes, 60 mil eram brancos. Então eram mulados muitos daqueles que participavam desta verdadeira escola que, nascida de mestres europeus, frutificou e amadureceu, encontrando sua própria expressão do "Belo".

Entre eles o mais famoso foi Antônio Francisco Lisboa (1730/1814), responsável por uma vasta obra na arquitetura e na escultura, destacando-se com projetos nas igrejas e nos centros urbanos.

Imagem 2Nascido filho ilegítimo do português Manuel Francisco Lisboa (autor da planta da igreja do Carmo da Vila Rica) com uma escrava negra, seus trabalhos revelavam o extraordinário desenvolvimento do Barroco Mineiro. Considerado gênio por muitos, sofria de uma doença que o deformava - origem do apelido "Alejadinho" - e, por isto trabalhava com o martelo e o cinzel amarrados nos braços. Considerava-se um "escultor ornamental" que utilizava, no exercício de sua arte, o padrão decorativo do entalhe (madeira esculpida).

Entre as suas inúmeras obras, a mais significativa encontra-se na atual cidade de Congonhas do Campo, no santuário de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinho.

O Barroco em Recife

No século XVIII, Recife cresceu economicamente, provocando assim o desenvolvimento da cidade. Foi nessa época as construções barrocas de Recife, como: A igreja de São Pedro dos Clérigos, o seu teto foi pintado por João de Deus Sepúlveda, que era considerado o maior pintor pernambucano; A fachada do Convento e Basílica de Nossa Senhora do Carmo, que começou a ser feita no final do século XVII:

O Barroco no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro, no século XVIII, ganhou várias obras, tais como: O aqueduto da Carioca, que até hoje é uma famosa construção:



A igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, ela não tem talhas de ouro:



A igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, essa igreja possue uma rica talha dourada, que foi realizada por dois escultores portugueses: Francisco Xavier de Brito e Manuel de Brito:

Valentim da Fonseca e Silva


Valentim da Fonseca e Silva, conhecido como Mestre Valentim, foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro. Era um artista que misturava o estilo rococó ao barroco.

Talha e escultura:

•Igreja da Ordem Terceira do Carmo: Trabalhou inicialmente em colaboração com José da Fonseca Rosa. Esculpiu elementos de talha da Capela-mor e a Capela do Noviciado dessa igreja.
•Igreja de Santa Cruz dos Militares: executou a talha do altar-mor e vários altares laterais da igreja. Também esculpiu duas estátuas de madeira de São João e São Mateus para os nichos da fachada, atualmente no Museu Histórico Nacional.
•Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Paula: Esculpiu vários altares, inclusive o altar-mor da igreja. Os altares foram depois alterados pelo escultor Antônio de Pádua de Castro, que completou a talha da igreja.

Urbanismo:
•Chafariz das Saracuras - Atualmente encontra-se na Praça General Osório, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Trata-se de um obelisco sobre uma bacia de granito com quatro saracuras de bronze de onde jorrava água, hoje parcialmente descaracterizado.
•Passeio Público - entre 1779 e 1783, D. Luís de Vasconcelos e Sousa incumbiu Mestre Valentim de contruir um parque para a cidade, seguindo o exemplo do Passeio Público de Lisboa e dos jardins do Palácio Real de Queluz.

Alejadinho


Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho, é considerado um dos maiores artistas barrocos do Brasil, as suas esculturas e obras de arquitetura barroca encantaram a sociedade brasileira do século XVIII. O artista usava em suas obras, madeira e pedra-sabão, além de misturar diversos estilos barrocos (rococó , estilos clássico e gótico).

Algumas de suas obras:

  • Igreja de São Francisco de Assis (que é considerada uma das maiores realizações de Aleijadinho. Foi ele quem esculpiu, talhou e ornamentou a parte interna da igreja)
  • Igreja de Nossa Senhora do Carmo
  • Palácio dos Governadores
  • Os Passos da Paixão: são esculturas em madeira feitas por Aleijadinho e pintadas por Ataíde que representam o calvário de Cristo. Estão dispostas em 6 capelas ao longo do Morro do Maranhão, diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (em Congonhas do Campo). Na frente desta igreja estão as famosas estátuas d’Os Doze Profetas, esculpidos em pedra-sabão, em tamanho natural. Consta que Aleijadinho esculpiu Os Doze Profetas (considerada sua obra mais conhecida) com a ajuda de escravos.